1. Assim que ouvi essa história pela primeira vez, tive vontade de contá-la. Só não sabia que a vontade ia virar necessidade e que o fio dessa meada escondia uma tronqueira difícil de atravessar. Mas, já que estamos em meio de caminho, o jeito é seguir viagem...
Rio Envira, em Feijó.
2. Contam que I-uirá, o rio dos pássaros, foi um dos últimos a ser tomado dos índios, na tempestade do tempo da borracha. Os invasores já tinham se espalhado por todo canto, do Abunã ao Moa. Mas, pra tomar de conta do I-uriá tiveram que vir, ao mesmo tempo, peruanos pelo lado d’cima – desde as beiras do Ucayali, devastando aldeias e cauchais - e brasileiros vindos d’baixo, em barcos de fumaça que vomitavam gente cariú sem cessar, pros novos seringais. Mesmo assim, Huni Kuin, Kulina, Ashaninka, Shanenawa, todos, seguiram lutando contra esse pau d'água que nunca se acaba. E, ali estão ainda... Nas margens do longo caminho de água que continua a levar às cabeceiras, território dos últimos isolados da floresta que foi um dia... I-uriá, rio dos pássaros, rio Envira.
2. Contam que I-uirá, o rio dos pássaros, foi um dos últimos a ser tomado dos índios, na tempestade do tempo da borracha. Os invasores já tinham se espalhado por todo canto, do Abunã ao Moa. Mas, pra tomar de conta do I-uriá tiveram que vir, ao mesmo tempo, peruanos pelo lado d’cima – desde as beiras do Ucayali, devastando aldeias e cauchais - e brasileiros vindos d’baixo, em barcos de fumaça que vomitavam gente cariú sem cessar, pros novos seringais. Mesmo assim, Huni Kuin, Kulina, Ashaninka, Shanenawa, todos, seguiram lutando contra esse pau d'água que nunca se acaba. E, ali estão ainda... Nas margens do longo caminho de água que continua a levar às cabeceiras, território dos últimos isolados da floresta que foi um dia... I-uriá, rio dos pássaros, rio Envira.
3. Subir esse rio nunca
foi fácil. Depois de Porto Rubin, começa o alto rio, que segue pelos seringais Califórnia
e Liberdade, de sete a cinco dias de motor, desde Feijó. Isso, hoje em dia.
Imagine na época que subia no varejão. É longe...
Mapa de Masô, 1917
Mapa de Masô, 1917
4. Contam que foi nesse
seringal Liberdade que uma menina, por nome Maria, e seu irmão, Dico, viveram
uma tragédia que resultou na morte de Maria. Uma história que, desde sempre, guarda
muitos mistérios, tantas são as histórias diferentes que o povo conta.
5. Depois da morte de
Maria, as pessoas de todo Envira, começaram a rogar por ela nos momentos de dificuldade
e foram validos. Tantas, que nem dá de contar... Seringueiro flechado por brabo,
na mata, que pediu à alma dela e, de repente, as flechas saíram de sua perna, o
sangue engrossou, até chegar na colocação. Mulher cega que voltou a enxergar no
momento em que avistou, lá no fim do estirão, o lugar do túmulo de Santa Maria
do Liberdade. Tantas e tantas meninas nascidas e batizadas como Maria da
Liberdade desde então, porque não teriam sobrevivido ao
parto, sem sua intercessão, certeza. Fé, muita fé...
6. Tantos mistérios
bonitos lá naquele lugar do seringal Liberdade: flores ao redor do túmulo sempre
verdes, mesmo quando a seca queima tudo em volta; aquela samaúma bonita que fica, também, junto ao túmulo e onde, de vez em quando, se diz ver a Santa; um
perfume forte e doce que se espalha desde a terra por todo aquele alto, a
cavaleiro do rio, e enche o coração de quem sente; um lugar que traz paz a
quantos por lá chegam, aflitos, em busca de auxílio. E mesmo quando vem a
quebradeira dos barrancos, que toma conta do rio Envira todo período invernoso,
e quebra tudo em redor, nada quebra no barranco do túmulo de Santa Maria da
Liberdade. É o que conta o povo de lá.
7. E a devoção à ela se espalhou rio abaixo e rios acimas, pelo Jurupari, Tarauacá, Muru, Juruá e mais. Ergueram um cruzeiro e uma capela em torno do túmulo de Maria. Primeiro de madeira e palha, anos depois de alvenaria, bonita. Diz que teve um homem grande que foi valido pela Santa numa grande aflição e deu à ela muito gado, que ficou por ali mesmo no campo em volta da capela e valeu muito a todo o povo daquelas beiras de rio e de floresta. Mas, isso eu só ouvi dizer, não sei se foi. O que eu sei mesmo é que teve um tempo em que se juntaram e construíram, lá por trás da capela, uma hospedaria pra abrigar o povo, que vinha de tudo quanto era canto, pra pagar suas promessas, ou pedir bênçãos, à Santa Maria da Liberdade. Foi muita gente que fez, cada um com o pouco que podia, mas fez. História bonita: tem tempo isso.
Capela/túmulo de Santa Maria da Liberdade - Site Cultural de Feijó
7. E a devoção à ela se espalhou rio abaixo e rios acimas, pelo Jurupari, Tarauacá, Muru, Juruá e mais. Ergueram um cruzeiro e uma capela em torno do túmulo de Maria. Primeiro de madeira e palha, anos depois de alvenaria, bonita. Diz que teve um homem grande que foi valido pela Santa numa grande aflição e deu à ela muito gado, que ficou por ali mesmo no campo em volta da capela e valeu muito a todo o povo daquelas beiras de rio e de floresta. Mas, isso eu só ouvi dizer, não sei se foi. O que eu sei mesmo é que teve um tempo em que se juntaram e construíram, lá por trás da capela, uma hospedaria pra abrigar o povo, que vinha de tudo quanto era canto, pra pagar suas promessas, ou pedir bênçãos, à Santa Maria da Liberdade. Foi muita gente que fez, cada um com o pouco que podia, mas fez. História bonita: tem tempo isso.
8. Mas, quando tudo parece
clarear é que, o balseiro de histórias, torna a ficar mais cerrado. Porque
muita gente conta, também, que o corpo de Maria ficou incorrupto. Mesmo tendo
passado muito tempo de sua morte. Aliás, têm várias narrativas que lembram que
as roupas dela também estavam intactas, outras acrescentam as flores vivinhas que
estavam sobre ela e tem, ainda, a tal fita, que vai aparecer também na cena da
morte de Maria em certas narrativas. Mas, sobre isso, as versões variam tanto
que não dá pra saber ainda em que circunstâncias se depararam com o “corpo
santo”.
9. E, é exatamente
nesse ponto, que entra em cena a Igreja, já que o povo afirma que o
corpo da Santa Maria da Liberdade foi levado, em segredo, pra Roma. Curiosamente,
muitas das narrativas que ouvi, sobre isso, são tão ricas em detalhes e afirmações
testemunhais que aumentam a desconfiança de que realmente algum sacerdote católico
tenha exumado e levado o corpo dela. Se pra Roma ou pra Alemanha, se por ordens
superiores ou não, com quais intenções e objetivos, não sei. Essas já são
outras histórias, mais difíceis de confirmar. Sei que as narrativas falaram de um
Monsenhor, de Bispos, de soldados levando o corpo. E três, ou quatro, pessoas
falaram de um tal padre Fritz, Fites, José Fliutes...
10. Nesse tempo o “governo
espiritual” de todos os rios do alto Juruá pertencia aos padres espiritanos da província
francesa que, entre 1900 e 1930, ficavam baseados nas cidades de Cruzeiro do Sul e Tarauacá e, mais tarde,
também na vila Feijó. A partir das cidades, os padres de diferentes
nacionalidades, subiam os rios, fazendo as desobrigas, celebrando os
sacramentos e cobrando o cumprimento das leis e taxas da Igreja, num tempo em
que sacerdotes católicos tinham enorme influencia e poder na sociedade. E,
vejam só, que coincidência! Entre esses espiritanos, havia mesmo um Monsenhor Miguel
Barrat e... o padre José Victor Fritsch.
Livro de Batismos, desobriga de 1930
11. O fato do padre Fritsch ter atuado como pároco nomeado no Tarauacá, que abrangia também o Envira e os outros rios, entre 1918 e 1934, não significa que o “padre José Fliutes” retirou mesmo o “corpo santo” de Maria, “na era de 30”, como afirmou, categoricamente Seu M., o rezador nascido no seringal Califórnia, vizinho do Liberdade, em 27. Mas, que aumenta muito a possibilidade, parece não haver dúvida... Ainda mais se levarmos em conta que, Seu M. cresceu e viveu a vida toda nesse trecho de rio e deu informações muito precisas sobre os “homens de verdade” dos seringais do Envira. Tão precisas que foi possível confirmar muitas delas em mapas e fontes históricas. Absurda a memória e alegria desse homem de noventa anos... Benza Deus!
Livro de Batismos, desobriga de 1930
11. O fato do padre Fritsch ter atuado como pároco nomeado no Tarauacá, que abrangia também o Envira e os outros rios, entre 1918 e 1934, não significa que o “padre José Fliutes” retirou mesmo o “corpo santo” de Maria, “na era de 30”, como afirmou, categoricamente Seu M., o rezador nascido no seringal Califórnia, vizinho do Liberdade, em 27. Mas, que aumenta muito a possibilidade, parece não haver dúvida... Ainda mais se levarmos em conta que, Seu M. cresceu e viveu a vida toda nesse trecho de rio e deu informações muito precisas sobre os “homens de verdade” dos seringais do Envira. Tão precisas que foi possível confirmar muitas delas em mapas e fontes históricas. Absurda a memória e alegria desse homem de noventa anos... Benza Deus!
12. Penso que está
claro que não estou afirmando que essas duas histórias: a do corpo incorrupto
de Maria e a de sua exumação, e envio para fora do Acre, pela Igreja, sejam
reais. Mas... Acredito que é preciso saber mais a esse respeito. Por respeito,
até...
13. De um jeito ou de
outro, a devoção à Santa Maria do Liberdade seguiu forte entre o povo das
beiras dos rios e da matas. Nas cidades mesmo, Feijó e Tarauacá, ficou sempre mais
velada a conversa sobre aquela santa cheia de segredos e mistérios e milagres.
14. Chegaram os anos 70
e tudo mudou no Acre. O tempo da borracha estava acabado de vez e a vida nos
rios nunca mais seria a mesma. A chegada de novos personagens, a maioria
sulistas, só confirmava as mudanças. Entre estes, chegou Padre Alberto, marista,
outra ordem de origem francesa. Aliás, o primeiro e único sacerdote a ter sido
ordenado padre em Feijó, até hoje. E, de alguma maneira que ainda não consegui saber,
ele se envolveu com a devoção popular à Santa Maria da Liberdade e decidiu construir
uma capela dedicada a ela na cidade, em Feijó. Origem de outra infinidade de
histórias... E haja pausada pra atravessar tra’veiz.
15. A capela de padre Alberto se tornou uma igreja, que se tornou uma paróquia. Muitas mulheres da cidade, avós e mães e filhas, que já cantavam suas orações e benditos em louvor de Santa Maria da Liberdade, há tempos, passaram a rezar lá. Muitas que continuavam a subir o Envira todos os anos, pra cumprir sua devoção à Santa, agora também podiam pagar suas promessas na cidade. Então surgiu um quadro. Uma imagem de Santa Maria da Liberdade. Uma menina de mãos espalmadas, em cima do mundo, emanando luz, com uma cruz por detrás. Uma imagem que ainda está na Igreja da cidade, onde recebe os pedidos e preces à Santa. Mas, também está espalhada, em tamanho menor, em muitas casas das senhoras de Feijó. E está posta, como tinha que ser, na capela/túmulo de Maria no Liberdade.
Igreja de Maria da Liberdade - Site Cultural de Feijó
15. A capela de padre Alberto se tornou uma igreja, que se tornou uma paróquia. Muitas mulheres da cidade, avós e mães e filhas, que já cantavam suas orações e benditos em louvor de Santa Maria da Liberdade, há tempos, passaram a rezar lá. Muitas que continuavam a subir o Envira todos os anos, pra cumprir sua devoção à Santa, agora também podiam pagar suas promessas na cidade. Então surgiu um quadro. Uma imagem de Santa Maria da Liberdade. Uma menina de mãos espalmadas, em cima do mundo, emanando luz, com uma cruz por detrás. Uma imagem que ainda está na Igreja da cidade, onde recebe os pedidos e preces à Santa. Mas, também está espalhada, em tamanho menor, em muitas casas das senhoras de Feijó. E está posta, como tinha que ser, na capela/túmulo de Maria no Liberdade.
16. Perguntando sobre a imagem, só ouvi duas meias frases: “quem pintou, acho que foi a irmã do Padre Alberto” e “parece que é inspirada numa santa de Paris”. Sobre a primeira meia frase, só temos a assinatura, Maria Humih SND, no quadro e a informação de que ela era, na verdade, uma Irmã de Notre Dame, uma ordem de raízes francesa e alemã que chegou no Acre, a partir dos anos 70, junto com os maristas. Mas, sobre a segunda questão, encontrei um pouco mais.
17. A santa de Paris
parece se referir à Santa Catarina Labouré que, em 1830, teve um encontro com a
Virgem Maria, como Nossa Senhora da Conceição. Nesse encontro Catarina foi avisada
de tempos difíceis que iriam se abater sobre a França e que só o poder da fé poderia
enfrentar e vencer. Surgiu, das revelações de Maria à Catarina, a medalha
milagrosa de Maria, que se espalhou pelo mundo inteiro, como uma bênção dela para
vencer as dificuldades.
Visão de Catarina, 27 de nov. 1830
18. A imagem que
inspirou o quadro de Feijó, na verdade, não retrata a santa de Paris, Catarina,
mas sim Santa Maria como foi vista por Catarina: sobre o mundo, com raios de
luz saindo das mãos espalmadas. A diferença é que Santa Maria da Liberdade foi
pintada como uma menina e tem uma cruz atrás de si o que remete de novo pra
imagem da medalha milagrosa. A imagem da medalha foi vista, em todos os seus
detalhes por Catarina. E a medalha tem N.S. da Conceição de um lado e a Cruz do
outro. Portanto, no quadro de Santa Maria da Liberdade vemos a frente e o verso
da medalha milagrosa ao mesmo tempo, como se ela fosse translucida, com Maria à
frente da cruz.
19. Mas, o que me pareceu ainda mais curioso, foi o fato de que, 57 anos depois da morte de Santa Catarina Labouré, seu corpo foi retirado para ser transferido para a igreja onde ela havia tido a visão de Maria e ele ainda estava incorrupto e flexível, com um grau de conservação espantoso. E, continua assim até hoje, a julgar pelas imagens e informações da internet. Ou seja, a meia frase que me foi dita poderia significar que a imagem de Santa Maria da Liberdade foi inspirada na imagem da Virgem Maria vista pela Santa de Paris, que tem o corpo incorrupto, como nossa Santa Maria da Liberdade. Será que Padre Alberto e a irmã Maria sabiam de algo, além do que pudemos saber, sobre o “corpo santo” de nossa Maria do Liberdade, por isso a referência na imagem? Não sei... Mas...
Corpo incorrupto e flexível de Santa Catarina Labouré
20. As romarias de barco até o Liberdade se tornaram grandes. E, mesmo com a morte de padre Alberto, em 1983, a igreja de Feijó continuou crescendo. Hoje é bonita, bem construída e mantida. A única coisa que mudou foi que passou a ser chamada de Paróquia Comunidade Maria da Liberdade.
21. A bem da verdade,
para a fé do povo, tanto faz se o corpo de Maria está ou não em seu
túmulo/capela, no Liberdade do Alto Envira, ou em Roma. No dizer dos que têm fé
nela: “podem ter levado o corpo, mas não levaram o poder de Deus!” Talvez seja
por isso que os devotos consideram que a terra do túmulo de Santa Maria da
Liberdade é milagrosa.
Interior da Igreja Maria da Liberdade, Feijó, 2017
Interior da Igreja Maria da Liberdade, Feijó, 2017
22. Desde o inicio
dessa história toda, me atraiu a origem, a ponta do fio da meada. Quem foram
Maria e Dico? Eram só os dois? Não tinham outros irmãos? Como eles viviam? É
possível ainda saber o que aconteceu? E o Dico, depois de tudo? E eu quis saber
sobre a vida deles porque me pareceu que, na medida em que vamos nos envolvendo
na história da Santa Maria do Liberdade, vamos apagando, mesmo sem querer, a história de uma
menina chamada Maria e seu irmão Dico. O que seria injusto.
23. Por isso, não consegui esquecer a
história dos dois, singelo olho d’água d’onde brolhou um igarapé cristalino, rico de
histórias sagradas e sentimentos antigos. Dois jovens comuns. Apenas mais dois
que teriam passado por nosso mundo, feroz e injusto, ontem como hoje, de
maneira invisível e anônima, como quase todos nós, não fosse terem vivido uma
história tão extraordinária e poderosa, daquelas que parece poder tocar a eternidade, que deu origem a tantas histórias, mistérios
e milagres. Tantas, que é difícil demais... parar de contar.
24. Muita gente que
nunca tinha me visto mais magro, ajudou no que podia. Me receberam em suas
casas, foram atrás, me confiaram suas lembranças, muitas vezes amargas e dolorosas,
inclusive. Uma galera que tá lendo e acompanhando tudo, me mandou um monte de novas
histórias e ajudou com opiniões. O Alexandre me mandou o antigo Bendito à Santa
Maria da Liberdade de Mestre Antônio Pedro, que também é do Alto Envira e eu não
sabia, num momento muito importante pra não esmorecer...
25. Foram muitos mesmo os
que se meteram a me ajudar de alguma maneira e estão, na verdade, escrevendo
essa história junto comigo... Em minha casa, em Rio Branco, em Feijó, no Rio, fora
do Brasil. Enfim, mais um dos mistérios de Santa Maria da Liberdade... Ela que sempre
fez parte da história de muitos, toma os que dela se aproximam, e está sendo
conhecida e contada por muitos juntos, mais uma vez. Até musica já virou, pra poder contar outras versões ainda, graças à
beleza dos meninos euphônicos do Tarauacá. Só posso agradecer. Essa história foi
contada por todos nós, vocês sabem. Agora, essa história já faz parte de mim,
de nós, de uma maneira muito profunda, por tudo de bonito e de importante que
encontramos subindo esse rio caudaloso e farto de histórias. Não conhecia o
Envira, ainda.
26. Uma história
rara... Não é pra ser esquecida. É como prece, precisa ser falada, dita, contada, cantada.
E, como vocês podem ver, falta muito ainda pra entender e pra contar... Mas,
sempre chega a hora de voltar... Mesmo nas viagens mais difíceis ou longínquas, em
que nos jogamos de corpo e alma, sempre chega a hora de voltar pra casa...
Graças a Deus!!! Sinto que vou continuar a pensar e rezar por Santa Maria da
Liberdade, sempre, e, toda vez, que for de necessidade...